Papeando com o Aldebaran

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Papeando com o Aldebaran

Há algum tempo, conversamos com o Aldebaran, personagem do livro de Ricardo Viveiros, O menino que lia nuvens, ilustrado por Cárcamo.

O papo foi muito legal! 
Por isso, compartilhamos com vocês por aqui:

 

Aldebaran, é verdade que você consegue ler o futuro nas nuvens? Quando isso começou?

É verdade, mas não me lembro quando isso começou. Mas, minha babá e minha avó dizem que ainda era bem pequeno. Elas contam que eu ficava olhando as manchas do piso do banheiro, da pintura nas paredes, das madeiras e a espuma da banheira. 

E as pessoas acreditam que você consiga ver o futuro?

No começo não, até riam e debochavam de mim. Mas, depois, quando eu comecei a acertar previsões todos passaram a acreditar. Até os que me tratavam mal mudaram comigo.

Tem gente que se aproxima de você só para tirar uma casquinha e conseguir ter informações sobre o futuro?

Claro, sabe como é... Eu fiquei bastante popular. Mas, eu levo isso muito a sério. É um dom que eu tenho, portanto tenho muita responsabilidade com ele.

Conte-nos uma situação engraçada que você viveu por conta dessa sua habilidade (ficamos sabendo daquela situação do vidro quebrado do seu vizinho...)

Pois é... Foi complicado. Até porque foi uma das primeiras vezes que eu li nas nuvens uma previsão. Eu vi uma bola quebrando uma janela, e logo em seguida os meninos que estavam jogando na rua arrebentaram o vidro da casa do seu Eleutherio Crispim, o vizinho mais bravo, imagine! E correram dali. Eu estava tão surpreso com o que aconteceu, que fiquei imóvel. Seu Eleutherio saiu e me pegou pela orelha, me puxou até em casa. O pior é que a minha babá, ainda por cima, errou o nome dele. Ele detesta isso. Foi hilário...

Qual foi a história mais bonita que você leu nas nuvens?

Ah! Foi quando eu descobri quem era minha mãe, e o porquê eu lia nuvens. Foi emocionante, nunca vou me esquecer. Até aquele dia eu não sabia quem era minha mãe, havia um segredo lá em casa porque ela morreu quando eu nasci.

Que dica você daria para as crianças (e adultos) que querem aprender a desvendar histórias nas nuvens?

Prestar atenção, esperar o momento certo. E não só nas nuvens, também nas manchas de paredes, pedras, tecidos, madeiras e até nas espumas. Podemos ver coisas em tudo isso. Elas estão lá, basta procurar com cuidado. 


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